O julgamento da trama golpista, iniciado no Supremo Tribunal Federal na manhã desta terça-feira, em Brasília, levou o tribunal e o governo do Distrito Federal a adotarem medidas para reforçar a segurança na área – incluindo o uso de drones e câmeras térmicas.

Até a última atualização da reportagem, não tinham sido registrados protestos na frente do Supremo. Mais de 3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar a sessão presencialmente.

Por volta das 11h30 desta terça, um pequeno grupo de apoiadores de Bolsonaro ocupava um gramado em frente ao condomínio, segurando bandeiras do Brasil e de Israel.

Na noite de segunda, Carlos Bolsonaro e Jair Renan Bolsonaro e outros apoiadores do ex-presidente fizeram uma vigília no condomínio onde ele cumpre a prisão domiciliar.

O ex-presidente vive no condomínio Solar de Brasília, localizado no Jardim Botânico, área nobre da capital federal.

Desde o último dia 4 de agosto, o ex-mandatário está em prisão domiciliar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF.

Bolsonaro é acusado de conspirar para permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022.

Ele e outros sete réus podem ter punição de até 43 anos de prisão caso sejam condenados com pena máxima pelos crimes que são acusados e as penas sejam somadas.

O grupo responde por cinco crimes.

Segurança reforçada

Na noite desta segunda-feira (1º), os drones fizeram uma varredura nos arredores do STF. O equipamento de segurança utilizado é considerado de última geração e identifica pessoas durante o dia e noite apenas pelo calor do corpo.

Os drones são acionados remotamente e serão controlados pelos agentes de segurança.

Já na manhã desta terça (2), horas antes do início da primeira sessão na Suprema Corte, cães farejadores foram utilizados para uma nova varredura nas proximidades do prédio.

Além disso, também foi criada uma célula presencial de inteligência, que reúne vários órgãos distritais e nacionais para monitorar a situação em tempo real.

O acesso ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) será controlado por detector de metais e o acesso à Praça dos Três Poderes será restrito. Até o fim do julgamento, este acesso será controlado pela Polícia Militar do DF e o efetivo será reforçado nas vias próximas.

Mais 3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar o julgamento.

O STF credenciou 501 jornalistas de imprensa brasileiros e do exterior. Além dos profissionais de imprensa, mais de 3,3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar as sessões.

O público será acomodado no plenário da Segunda Turma do Supremo, onde foram disponibilizados 150 lugares para esses inscritos.

Enquanto o julgamento será feito na sala da Primeira Turma, onde haverá 80 cadeiras disponíveis para os jornalistas por ordem de chegada.

O julgamento da trama golpista

A Primeira Turma do STF inicia nesta terça-feira (2) o julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete ex-auxiliares, acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentativa de golpe de Estado entre o fim de 2022 e o início de 2023.

Veja os dias e horários do julgamento:

2 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
3 de setembro – 9h às 12h
9 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
10 de setembro – 9h às 12h
12 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h

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