A poucos dias do início da taxação de 50% dos produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que espera que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, reflita sobre a importância do Brasil e que ambos os países se sentem à mesa para uma negociação.

— Eu espero que o presidente dos Estados Unidos reflita a importância do Brasil. E eu vou fazer aquilo que, no mundo civilizado, a gente faz. Tem divergência? Tem. Senta numa mesa, coloca a divergência de lado e vamos tentar resolver. E não de forma abrupta, individual, tomar a decisão de taxar em 50%. Isso é o filho do coiso (em referência a Eduardo Bolsonaro) e o coiso (em alusão a Jair Bolsonaro) que estão pedindo para fazer.

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Lula participou, na manhã desta segunda-feira, da cerimônia de inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Parque Termelétrico do Açu, em São João da Barra, no norte do estado do Rio de Janeiro. O evento contou com a participação dos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira; de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; dos Transportes, Renan Filho; e das Mulheres, Márcia Lopes. Lula lamentou a situação atual:

— O filho do coiso, que é deputado federal, de forma sem-vergonha, deixou a Câmara dos Deputados, foi para os Estados Unidos pedir para o Trump fazer uma taxação no Brasil para não deixar o pai dele preso. Vocês acham que é correto? A gente já viu o tal do Silvério dos Reis (Joaquim Silvério dos Reis foi o principal delator da Inconfidência Mineira, no fim do século XVIII), que traiu o Tiradentes. Agora tem um cara que está traindo o povo brasileiro. Ele vai ser julgado pela Justiça — disse Lula, acrescentando:
Mudanças tarifárias — Foto: Criação O Globo
Mudanças tarifárias — Foto: Criação O Globo
— Então é triste que tenha acontecido isso. É muito triste porque a relação do Brasil com os Estados Unidos é uma relação muito séria. São 201 anos de relação diplomática muito acertada e muito séria. Eu já lidei com o Clinton (Bill), Obama (Barack), Bush (George), Hillary Clinton e Biden (Joe).

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