A informação consta no relatório final da investigação, no qual pai e filho foram indiciados.
Durante a apuração, a PF pediu a quebra do sigilo bancário do ex-presidente e do deputado, para identificar a movimentação financeira entre os investigados.
A análise dos dados apontou que Jair Bolsonaro fez transferências em valores fracionados a Eduardo ao longo deste ano, que totalizaram R$ 111 mil. Segundo a PF, "como forma de evitar o acionamento de mecanismos de controle legal".
No dia 13 de maio, realizou "transação atípica", de R$ 2 milhões diretamente para a conta do filho Zero Três, que já estava nos Estados Unidos.
Este foi o mesmo valor do repasse para Michelle.
Diz o relatório:
"Vale ressaltar que JAIR BOLSONARO omitiu informação à Polícia Federal em seu depoimento no INQ 4.995/DF de que teria repassado outros valores a EDUARDO BOLSONARO, além dos R$ 2.000.000,00 (dois milhões) revelados. Também não houve qualquer justificativa para transferência de recursos no mesmo valor para MICHELE BOLSONARO apenas um dia antes do interrogatório".
A conclusão dos investigadores foi que o ex-presidente "atuou deliberadamente, de forma livre e consciente, desde o início de 2025 e com maior ênfase, nos meses de maio, junho e julho de 2025 - quando se acentuaram as ações de EDUARDO BOLSONARO no exterior - com a finalidade de se desfazer dos recursos financeiros que tinha em sua posse imediata, bem como evitar possíveis medidas judiciais que limitassem e/ou impedissem de consumar o intento criminoso de apoiar financeiramente as ações do parlamentar licenciado no exterior".
- FM STARS, MÚSICA, NOTÍCIA E SAUDADE