O adolescente Lázaro Airan dos Santos Pereira foi visto pela última vez no dia 12 de junho, depois que saiu de casa para fazer a entrega de uma televisão. Seis pessoas já foram presas por envolvimento no desaparecimento do jovem.
A defesa de Marchiore informou que o policial não praticou qualquer crime imputado a ele na investigação do sequestro de Lázaro. Os advogados disseram ainda que confiam plenamente na Justiça que a inocência do cliente ficará comprovada.
Até o começo da tarde desta terça, em uma rede social, o policial compartilhava a rotina com a família, treinos na academia e viagens, além de atividades e treinamentos no 13° Batalhão da PM. Em diversas imagens, ele aparecia fardado ou com uniforme.
De acordo com informações do Portal da Transparência do Governo do Espírito Santo, o cabo Denis Marchiore é servidor ativo no quadro da corporação e tem salário líquido de R$ 7.551,76.
O militar pertence ao batalhão responsável pelo policiamento nos municípios de São Mateus, Conceição da Barra e Pedro Canário, no Norte capixaba.
Depois da prisão, a página do policial no Instagram foi removida do ar.
Se apresentou e entregou a arma de trabalho
No começo da manhã desta terça, a polícia tentou cumprir o mandado de prisão temporária contra o cabo da PM, mas, ao chegarem em sua residência, Marchiore fez contato por telefone, contou que não estava em casa e que, mais tarde, se entregaria.
No período da tarde, o PM se apresentou à polícia, no 13º Batalhão da PM, acompanhado de um advogado, entregou à polícia a arma que usava no trabalho, munição e carregadores.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, falou sobre a prisão e informou que o militar seria transferido para o quartel do comando-geral, em Vitória.
"Nesse caso específico existe um inquérito da Polícia Civil, onde tem uma prisão temporária decretada. Esse policial vai ser recolhido até o quartel do comando-geral. Obviamente, ele vai constituir advogado, vai ser aberto um processo, uma sindicância dentro da Polícia Militar, processo apuratório dentro da nossa instituição, para dizer a todo cidadão capixaba que qualquer ação nossa no combate, no enfrentamento, é aberta um procedimento apuratório", disse.
Caus frisou que qualquer ação de policial fora da atividade também é aberta a um procedimento.
"Com certeza, a Polícia Militar vai apurar o caso com rigor para ter certeza dos fatos. Já está apurando, a sindicância já está aberta para que a Polícia Militar possa, dentro do prazo de 30 dias, reunir todas as provas para fazer um relatório. Ninguém pode intervir no trabalho para ter lisura e imparcialidade", completou.
Também na terça, na cidade de Barra de São Francisco, no bairro Vila Landinha, a polícia prendeu Yan Krislan Pereira Dias, 26 anos. Ele foi localizado após a polícia receber a informação de que ele estava escondido na casa da namorada. Foi feito um cerco no imóvel e a prisão realizada. Ele também é suspeito de participar do sequestro do adolescente.
Sexto homem foi preso
Marchiore foi a quinta pessoa presa pela polícia com relação a este caso. Além dele e de Yan Krislan, a polícia também prendeu na tarde desta quarta-feira (2) um sexto suspeito de participar do desaparecimento do adolescente.
O homem foi identificado como Alex Nascimento Paixão, de 24 anos. Ele aparece em imagens de uma câmera de segurança, ao lado de Yan, com um casaco preto de listras brancas, após o sequestro, em São Mateus, no Norte do estado.
O caso é tratado como sequestro e três outros suspeitos de envolvimento no crime já estão presos, entre eles Felipe Silva Rodrigues, de 24 anos, amigo do adolescente. Ele esteve na delegacia e pediu informações sobre a suposta negociação da televisão com a vítima. Os outros dois homens, de 35 e 24 anos, não tiveram os nomes divulgados.
A Polícia Civil (PCES) informou que o caso do desaparecimento do adolescente Lázaro Airan dos Santos Pereira, de 17 anos, segue sob investigação pela Delegacia de Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Mateus e está sob sigilo.
Mãe desabafa
Há quase um mês sem saber onde está o filho, a mãe do menino Lázaro deu entrevista à TV Gazeta e desabafou sobre o misto de sentimentos que tem vivido.
"Estou num misto de alívio pelas prisões, mas tenho medo e tristeza. Tinha esperança de que confessassem", disse Taiane Souza dos Santos, de 36 anos. "Queria arrumá-lo, ver o rosto, dar dignidade para a alma dele. Quando acharem, terei só os ossos do meu filho?", desabafou.
Ela disse que não acredita mais que vai conseguir encontrá-lo com vida. "Eu sei e todo mundo sabe que meu filho está morto. O que me incomoda é que, além de ter tirado meu filho, tirou a oportunidade de eu velar o corpo do dele. Deve estar em cova rasa como um animal. Isso é atroz".
O que diz a defesa do PM
A defesa de Denis Marchiore divulgou nota informando que o policial "não praticou qualquer dos crimes que lhe estão sendo imputados no bojo da investigação que apura o suposto sequestro do menor identificado como Lázaro".
A nota diz ainda que, "desde o primeiro momento em que tomou conhecimento da investigação, Denis Marchiore, por meio de seu advogado, se colocou espontaneamente à disposição da autoridade policial para prestar todos os esclarecimentos necessários, tendo inclusive comparecido à Delegacia de Polícia Civil".
O advogado se mostrou surpreso com o cumprimento de mandado de prisão temporária, "mesmo diante de sua postura colaborativa e de boa-fé". E completou dizendo que "confia plenamente na Justiça e acredita que, ao final da apuração, ficará comprovada a total inocência de Denis Marchiore".
A Associação das Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ASPRA-ES) informou que tomou conhecimento do caso envolvendo o militar em questão e colocou o jurídico à disposição do policial. "Vamos acompanhar os desdobramentos da investigação e nos colocamos à disposição para eventuais esclarecimentos", disse a nota.
Sexto homem foi preso
Marchiore foi a quinta pessoa presa pela polícia com relação a este caso. Além dele e de Yan Krislan, a polícia também prendeu na tarde desta quarta-feira (2) um sexto suspeito de participar do desaparecimento do adolescente.
O homem foi identificado como Alex Nascimento Paixão, de 24 anos. Ele aparece em imagens de uma câmera de segurança, ao lado de Yan, com um casaco preto de listras brancas, após o sequestro, em São Mateus, no Norte do estado.
O caso é tratado como sequestro e três outros suspeitos de envolvimento no crime já estão presos, entre eles Felipe Silva Rodrigues, de 24 anos, amigo do adolescente. Ele esteve na delegacia e pediu informações sobre a suposta negociação da televisão com a vítima. Os outros dois homens, de 35 e 24 anos, não tiveram os nomes divulgados.
A Polícia Civil (PCES) informou que o caso do desaparecimento do adolescente Lázaro Airan dos Santos Pereira, de 17 anos, segue sob investigação pela Delegacia de Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Mateus e está sob sigilo.
Mãe desabafa
Há quase um mês sem saber onde está o filho, a mãe do menino Lázaro deu entrevista à TV Gazeta e desabafou sobre o misto de sentimentos que tem vivido.
"Estou num misto de alívio pelas prisões, mas tenho medo e tristeza. Tinha esperança de que confessassem", disse Taiane Souza dos Santos, de 36 anos. "Queria arrumá-lo, ver o rosto, dar dignidade para a alma dele. Quando acharem, terei só os ossos do meu filho?", desabafou.
Ela disse que não acredita mais que vai conseguir encontrá-lo com vida. "Eu sei e todo mundo sabe que meu filho está morto. O que me incomoda é que, além de ter tirado meu filho, tirou a oportunidade de eu velar o corpo do dele. Deve estar em cova rasa como um animal. Isso é atroz".
O que diz a defesa do PM
A defesa de Denis Marchiore divulgou nota informando que o policial "não praticou qualquer dos crimes que lhe estão sendo imputados no bojo da investigação que apura o suposto sequestro do menor identificado como Lázaro".
A nota diz ainda que, "desde o primeiro momento em que tomou conhecimento da investigação, Denis Marchiore, por meio de seu advogado, se colocou espontaneamente à disposição da autoridade policial para prestar todos os esclarecimentos necessários, tendo inclusive comparecido à Delegacia de Polícia Civil".
O advogado se mostrou surpreso com o cumprimento de mandado de prisão temporária, "mesmo diante de sua postura colaborativa e de boa-fé". E completou dizendo que "confia plenamente na Justiça e acredita que, ao final da apuração, ficará comprovada a total inocência de Denis Marchiore".
A Associação das Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ASPRA-ES) informou que tomou conhecimento do caso envolvendo o militar em questão e colocou o jurídico à disposição do policial. "Vamos acompanhar os desdobramentos da investigação e nos colocamos à disposição para eventuais esclarecimentos", disse a nota.
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