"Pela bebida, eu fui notando comportamentos em mim. Estava começando a perceber que eu não conseguia parar. Então, eu pensei: 'Se eu não estou conseguindo parar de beber, muitas outras coisas eu não estou conseguindo parar'. Um amigo meu falou: 'Whindersson, eu já fui pra uma clínica, fez muito bem pra mim'. Naquela época [há muitos anos], as coisas eram mais firmes quando você ia para um centro de reabilitação, é por isso que as pessoas têm uma má impressão", contou Whindersson no podcast Pivotando.
"O pessoal pensava que eu estava preso, [que eu saia de] camisa de força. Não foi. Em 2025, fui porque quis, um lugar que fui muito bem acolhido, foi muito bacana. Lá, eu tive um diagnóstico de superdotação. Fiz o teste neuropsicológico com a especialista, deu um QI elevado, uma parada de altas habilidades para a criatividade. Com tudo vem uma coisa ruim, está no laudo: compulsividade e impulsividade", acrescentou.
De acordo com o humorista, a forma prática como ele age em muitas situações nem sempre é bem interpretada. "Sou uma pessoa compulsiva e impulsiva. Pra mim, tudo é agora e tudo é na hora. É muito fácil eu cancelar uma entrevista. Dentro da minha cabeça, é uma facilidade tão grande, que parece que eu não estou me importando, mas não é. É um traço que eu tenho da impulsividade. E a compulsividade é a parada de não conseguir parar."
Ter o diagnóstico da superdotação foi para o humorista algo revelador. "Assim que saiu o laudo, eu entendi. É por isso então que às vezes eu coloco um copinho de whisky só para esquentar e quando vou ver já sequei a garrafa toda sozinho e sem um amigo para conversar. Está errado isso, aí eu entendi a compulsividade e comecei a me controlar mais em todas as outras áreas, [como] relacionamento. Mulher vicia, pornô vicia, exercício físico vicia, açúcar vicia, tudo vicia. Eu comecei a me policiar", concluiu.
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