A volta de Olga a Êta Mundo Melhor! simboliza também um recomeço para Maria Carol Rebello. Aos 42 anos, a atriz retorna às novelas ainda em meio a um intenso período de luto, que se iniciou com as mortes do tio, Jorge Fernando, e da avó, Hilda Rebello, ambas em 2019 - ano de sua última novela, Verão 90. Já em 2024, encarou o assassinato do irmão, João Rebello, morto a tiros em Trancoso, distrito de Porto Seguro, na Bahia. As investigações apontaram que o homicídio foi um engano.
Agora, Maria Carol se prepara para retomar seu papel de sucesso de Êta Mundo Bom!, novela dirigida por Jorge Fernando, que ganha uma continuação - agora com Amora Mautner na direção. Na coletiva virtual da próxima novela das 6, Maria Carol falou do simbolismo desse momento da carreira:
"É uma emoção pessoal. Eu venho de uma família de artistas, sempre trabalhamos muito juntos por uma questão de sermos uma trupe de circo mesmo, então a gente sempre teve isso em casa, nos palcos, e a televisão também foi um veículo. Eu sempre trabalhei com meu tio e com minha avó, perdi eles em 2019. Ano passado perdi meu irmão... eu estou num momento da minha vida com um luto muito presente e tentando me ressignificar em muitas coisas. Esse trabalho é um presente nesse sentido muito pessoal pra mim."
A artista admitiu que chegou a pensar que não trabalharia como atriz novamente:
"Eu achei que não ia mais atuar. Sempre trabalhei com arte, mas eu estava dirigindo, me enchi de tatuagem, não sabia que ia voltar a atuar, muito menos fazendo uma novela de época. Mas estamos aí. E eu falo muito o seguinte: a primeira vez que eu voltei aos Estúdios Globo sem a presença do meu tio, eu me senti uma criança indo pra escola sozinha pela primeira vez. É desafiador, mas ele tá aqui, tá comigo. Ele é muito presente na minha vida, nas minhas escolhas, na minha arte, nas minhas referências - não só ele como minha avó, meu irmão, minha mãe..."
A volta de Olga
Na trama, Olga segue casada com Araújo (Flávio Tolezani), e o casal enfrenta o desafio de custear os tratamentos do filho, Claudinho (Xande Valois, em Êta Mundo Bom!), no exterior. O menino tinha dificuldades para andar.
"É um desafio como atriz, nove anos depois, reencontrar a mesma personagem. É uma coisa muito interessante, como atriz nunca tinha experimentado. É uma personagem que eu tenho muito carinho, eu amo fazer época, e realmente um texto de Walcyr Carrasco - e agora do Mauro - é sempre delicioso. Um time de diretores maravilhosos, eu nunca tinha trabalhado com a Amora", celebrou Maria Carol.
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